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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RUSSAS, POR QUÊ?


De há muito ouvimos denúncias sérias, persistentes, repercutidas publicamente e sem temores, tanto de iniciativa de pessoas físicas quanto de políticos e da Imprensa, todos no pleno exercício de sua cidadania como se nos é assegurado constitucionalmente. Denúncias contra alguns administradores e ou seus colaboradores diretos que compõem os demais escalões da administração pública russana. Os comentários sobre desmandos, desvirtuamentos administrativos e até pecuniários eclodem por todos os cantos e inerentes a algumas Secretarias, demais setores da administração municipal e até envolvendo beneficiários indiretos que não aparecem. São denúncias graves e que pela consistência das afirmações dos denunciantes deduz-se que sejam fundamentadas e que, se confirmadas, implicariam em crimes de peculato, improbidade, reponsabilidade civil etc. Crimes que deveriam redundar em afastamento, cassação e outros enquadramentos legais que coíbam a prática e que restituam aos cofres públicos verbas possivelmente desviadas, quando for o caso. Teria também como consequência o alijamento definitivo da vida pública dos responsáveis e beneficiados pelos escândalos. Mas tudo tem resultado em vão e a impunidade grassa sem justificativas. Quem já foi afastado, cassado e que devolveu verbas públicas afanadas? Desconhecemos. Indaga-se: Por quê?
A Câmara Municipal, no seu legítimo e mais nobre papel que é o de fiscalizar - não só o Executivo como a própria Câmara - propiciando transparência e que ao alcance de todos os munícipes tem desempenhado a contento o seu papel. Mas ainda não basta! Em estrita observância do regimento interno deve pugnar, de forma contundente, no intuito de que ocorrências da espécie sejam imediatamente sustadas, esclarecidas e punidas. Há um nível de competência que deve ser observado pela Câmara e o que extrapolar deve ser, tempestiva e formalmente, encaminhado às autoridades superiores para que sejam adotadas as providências inerentes a cada dessas instâncias. E não é só encaminhar, é acompanhar e cobrar desses a quem compete apurar e punir, o célere andamento das providências ou que venham a público, porque de ofício, justificar a demora ou empecilhos que obstaculizam o fluente andamento das apurações dos fatos denunciados. Não se justifica além do erro a procrastinação de esclarecimentos posto que de conveniência de toda a sociedade russana saber da realidade e, em especial, porquanto envolvem áreas de primazia, entre elas a Saúde e Educação. Tal procedimento, se constatado e proposital, deve também ser denunciado à instância superior mediante competentes representações. À Câmara é ainda facultada a instituição de CPI. 
O fato é que precisamos dar uma basta nessas possíveis ações delituosas, quaisquer que sejam os responsáveis. Russas precisa, como nunca, de uma tranquilidade administrativa, com iniciativas sérias e voltadas exclusivamente para o bem da coletividade, sem privilégios e locupletações de alguns. E é função de cada um de nós cidadãos, e em especial eleitores, acompanhar, denunciar e cobrar de quem tem competência as providências adequadas para cada dos casos denunciados. Lamentar só não basta e ser omisso é mais abominável ainda. Russas não merece!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Vejam também nos endereços: 
www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte)
e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).

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