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segunda-feira, 2 de junho de 2014

COPA DO MUNDO



Copa Mundial de Futebol tornada a “maior festa brasileira” – a “Copa das Copas”, como oportunisticamente alguns a intitulam. Só o carnaval a ela se assemelha tamanha a euforia de grande parte dos brasileiros. Outros, a maioria talvez, não lhe dão a importância que nos é vendida pela mídia e alguns até acham-na inoportuna diante de prioridades mais relevantes que são preteridas pelos nossos governantes. O seu custo situa-se em cerca de 30 bilhões de reais e já asseguram que arcaremos (contribuintes) com 70% do total, mesmo contraditando as afirmações governamentais, em especial do Ministro dos Esportes – Aldo Rebelo.
Se mais observadores nos colocarmos haveremos de perceber que a alegria dos menos atentos se sobrepõe a qualquer inconsequência que se cometa para promover o evento. Sabemos viver em um país onde uma série de calamidades sociais – caos na Saúde, Educação, Segurança, Infraestrutura, com uma Economia estagnada e a inflação já a despontar etc., tornam quase insuportável uma convivência social desejável ou suportável. Falta-nos muito para nos aproximarmos de um país dito de primeiro mundo ou termos uma vida compatível à 7ª economia mundial. Mas, parece que diante do evento de uma Copa e que hoje politiqueiramente (época de eleições) a denominam “A Copa das Copas”, tudo é relevado e, fantasiados de “canarinhos”, “reis do futebol” estaremos dispostos a torcer e demonstrar o nosso “orgulho” como pentacampeões mundiais de futebol que nos tornamos. Uma grande honraria popular que alcançamos e que conforta enquanto aliena a muitos.
Mazelas à parte, desperdícios, corrupção(e muita) também, obras megalomaníacas são edificadas ou reformadas à custo exorbitantes e não compatíveis com a real situação econômica do Brasil. Tudo feito às pressas, com sérios riscos de imperfeições, condenadas até por membros da nossa própria comissão organizadora, mas que atendem às exigências dos promotores – FIFA e empresas particulares - que determinam como, quando e onde as obras devem estar disponíveis, além de outras imposições. Aliás, a ojerizada FIFA é quem aufere o maior lucro com o evento. Mais absurdo é que por conivência de quem homologou a “Lei da Copa” até a exploração do nosso trabalhador é aceita. Uma imensidão de voluntários (trabalhadores não remunerados) estará a serviço da FIFA e outras empresas patrocinadoras do evento que se locupletarão graças à ingenuidade desses entusiastas que trabalharão, graciosamente, para eles; alguns sem sequer ter direito a adentrar as arenas, apenas trabalham “patrioticamente”. O que se estranha é que todas as nossas autoridades e outras entidades ditas protetoras dos trabalhadores fecham os olhos a tudo e a mais uma exploração do já oprimido trabalhador brasileiro. Pela Copa tudo pode?
E a tudo assistimos, conscientes, contestando até (com protestos, mas, por favor, sem badernas), enquanto internamente e incongruentemente já estamos replenos de adrenalina somada a ilusória, efêmera alegria e orgulho na expectativa de mais um título de campeões mundiais – o HEXA. Gooooooool! Sobreviva Brasiiiiiillll...!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Vejam também nos endereços: no site www.tvrussas.com.br, jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Crato/Cariri/Ceará).

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