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terça-feira, 8 de abril de 2014

MULHERES – ABUSOS PERPETUADOS



Há poucos dias assistimos, perplexos e indignados, a divulgação da pesquisa do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Ainda não entendemos as razões da colocação da pergunta específica “Se as mulheres são culpadas pelos estupros por andarem vestidas mais livremente...”, e que causou tanta repulsa, não só pelas respostas e mais ainda pela tentativa de “remendar” os dados já divulgados, assumindo o grave erro de sua imprudente exposição pública, mesmo que os dados fossem da mais absoluta confiabilidade. Imperdoável!
Em melhor análise chega-se a atribuir culpa dos atos criminosos às roupas e impudor das vítimas como se o hediondo crime não fosse o estupro. Se assim fosse as mulheres que usam burcas (vestimentas muçulmanas de alguns países árabes e que cobrem todo o corpo da mulher) não seriam também violentadas. A diferença é que por lá os violentadores pagam caro, até condenados à pena de morte. Ademais, esquecem alguns que o crime ESTUPRO é, com certeza, a maior, mais aviltante e apavorante agressão que se pratica contra um ser humano, sem distinção de sexo. É a extrema violência praticada por insanos, bestas-feras que, por negligência do Legislativo (grande parte preocupada apenas com eleições e seus interesses particulares), permite-lhes que continuem impunidos. Se presos, em pouco tempo lhes são concedidos benefícios e eles retomam as suas atividades animalescas e de extrema agressividade com suas novas vítimas uma, após outra, quando não ceifam suas vidas. Lembra-nos até um político cafajeste, paulista, que vociferou: “Estuprem, mas não matem...”
Tanto os que praticam quanto os que concordam na pesquisa (mesmo que apenas em 1% que a estatística registre) denotam o baixíssimo ou nenhum nível de sociabilidade de que poderiam ser detentores. São seres irracionais! Que se acerquem cavalheiresca e civilizadamente (o que hoje nem sempre acontece já que grande parte dos “machões” são verdadeiros trogloditas na abordagem às mulheres), e as conquistem atingindo o objetivo, ainda que socialmente questionado em certas circunstâncias (quando se trata de menores). Mas nunca usando a força física e psicológica violenta, como instrumento de convencimento. Os traumas causados em um estupro são abomináveis e perduram por toda a vida. Já não bastam tantas outras agressões às mulheres?
Que não fiquemos só no lamentar de todos os dias. É imprescindível agir, reagir e com severidade. Que os movimentos, femininos, ou não, façam valer os privilégios humanos a que todos têm direito e às autoridades compete o zelar. Cobremos enfaticamente, posto que chega de condescendências para com criminosos da espécie!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale.)

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