Intencionalmente, mas sem qualquer desapreço à digníssima
classe, deixamos para expressar nossa sincera e justa homenagem um dia após a
data consagrada à comemoração do evento. É que de tanto preteridos que são
pelas nossas autoridades, enaltecer nossos queridos mestres um dia após não
lhes causa qualquer desmerecimento, cremos. Apenas tem o intento de provocar os
insensíveis e distraídos governantes e sociedade apática para que, ainda que
tardio (não muito... indefinidamente...), é sempre bem-vindo o reconhecimento e
que não fique somente em palavras. Ademais, todos os dias deveriam ser dedicados
ao enaltecimento dos mestres que quando em salas, ou não, estão a nos
encaminhar pelo resto das nossas vidas e o fazem, todos os dias,
incansavelmente. Eles é que nos abrem todas as portas, mostram os melhores
caminhos. Desconhecemos cientistas, médicos, engenheiros, qualquer profissional
de qualquer área que não tenha passado pelas mãos carinhosas e por vezes
exigentes (como deve ser) deles, nossos professores. Que sejam, pois, reconhecimentos
efetivos e não apenas encenações lisonjeiras, interesseiras. Eles merecem por
mérito e por abnegados que são!
O estanho e insensato é que dentre todas as profissões, o
magistério é tido como uma atividade de segunda classe não lhe dando a
importância cabida. Uma inconsequência! Esquecem que a absoluta maioria dos
mestres cursou faculdade (sem entrar no mérito da reconhecida precariedade das
nossas faculdades) e, de igual modo a outras carreiras, submetendo-se a vestibulares.
O tempo que os demais profissionais dedicaram em seus cursos também são
similares. Por que então só eles, os mestres, não são reconhecidos na sua trajetória universitária e exercício da
sua bendita missão (formar cidadãos)?
Muitas vezes são alvo de manobras de pior nível quando são perseguidos
atendendo a critérios politiqueiros ou quando não se lhes asseguram justa
remuneração. Remuneração que comparável a de outros profissionais é aviltante e
identifica o descuro para com a classe. Os professores na maioria das vezes
substituem até os pais biológicos quando se tornam a extensão do lar e criam e
educam até em detrimento das suas funções específicas, primordiais.
As manifestações as quais assistimos nas TVs, em busca dos
justos direitos da classe são apenas
sinais, alertas, e que externam a
situação problemática da nossa Educação. Não são eles, os mestres, os
responsáveis exclusivos por essa caótica situação. Sua parcela é mínima. Nossa Educação
tem o seu nó Górdio na estrutura administrativa governamental, no seu currículo
abarrotado de inutilidades e não na suposta ineficiência dos mestres como
alguns, os inconsequentes, querem atribuir. Parabéns professores!
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
Russas (CE)
(Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br, www.tvjaguar.com.br e no
jornal a Folha do Vale.)
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