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sábado, 26 de outubro de 2013

O ENIGMA PETROBRÁS



“O Petróleo é nosso!” Essa frase proferida pelo então presidente Getúlio Vargas quando da descoberta de petróleo na Bahia dizem é de autoria de Otacílio Rainho, então professor e diretor do Colégio Vasco da Gama no Rio de Janeiro. Eis que o ex-presidente Lula, em 2006, sem constrangimento e em um oportunismo politiqueiro-demagógico que lhe é peculiar, repete o gesto de Getúlio e molha as mãos no petróleo jorrado na plataforma P-50 na bacia de Campos (RJ), comemorando a suposta “autossuficiência” brasileira na produção de petróleo, via Petrobrás. O Brasil seria independente... Inverdade, mais uma!
Sem entrar em detalhes técnicos específicos, e apenas para que o público alcance a realidade, a verdade é que a Petrobrás continua importando petróleo (hoje cerca de 20%) e a tendência, em função do crescimento da demanda, é que seja cada vez mais e a cada ano enquanto nós - explorados consumidores - pagamos os combustíveis mais caros do mundo. Não bastasse, promovem um “leilão” por demais questionado do campo de Libra para abrir a concessão de exploração ao setor privado, por 30 anos, a quem pagasse mais. E disso se valem politicamente – agora a presidente Dilma Rousseff que em cadeia televisiva alardeia o fato e foi enfática em afirmar que não se trata de uma privatização... (Se a nossa estatal tem apenas 40% de participação enquanto os 60% está em mãos de um consórcio de empresas particulares que venceram (pagaram o mínimo) o leilão de concessão, isto é ou não privatizar?). E, no mesmo estilo Lula, comenta sobre cifras fabulosas que se destinarão à Educação etc. Promessas, promessas e só promessas nunca ou minimamente concretizadas.
A realidade é que a Petrobrás está em situação difícil, acumula perdas (o lucro do último terceiro trimestre caiu 45%), cresce apenas cerca de 2% ao ano, suas ações sofrem quedas significativas e ainda assim assume o compromisso de pagar cerca de R$. 6 bilhões de bônus por conta do acordo. Nota: (Lembram-se do empenho do governo para que os trabalhadores usassem o FGTS para compra de ações da Petrobrás? Será que mais uma vez pagaremos a conta?) Ademais, eis que a presidente da estatal vem de público desmentir que esse valor não será pago com o aumento da gasolina que já se comenta ficará em 7 a 10%, até dezembro/2013. Note-se que só ao se cogitar sobre mais um aumento dos combustíveis, os preços das mercadorias já disparam e o consumidor, em especial os aposentados e os que recebem salário mínimo que ficará reajustado cerca de apenas 6% em janeiro/2014, já percebem o efeito posto que arcarão com os prejuízos. Assistimos a mais um dos enigmas desse governo de promissões irrealizadas.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br, www.tvjaguar.com.br e no jornal a Folha do Vale.)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIA DOS PROFESSORES

Intencionalmente, mas sem qualquer desapreço à digníssima classe, deixamos para expressar nossa sincera e justa homenagem um dia após a data consagrada à comemoração do evento. É que de tanto preteridos que são pelas nossas autoridades, enaltecer nossos queridos mestres um dia após não lhes causa qualquer desmerecimento, cremos. Apenas tem o intento de provocar os insensíveis e distraídos governantes e sociedade apática para que, ainda que tardio (não muito... indefinidamente...), é sempre bem-vindo o reconhecimento e que não fique somente em palavras. Ademais, todos os dias deveriam ser dedicados ao enaltecimento dos mestres que quando em salas, ou não, estão a nos encaminhar pelo resto das nossas vidas e o fazem, todos os dias, incansavelmente. Eles é que nos abrem todas as portas, mostram os melhores caminhos. Desconhecemos cientistas, médicos, engenheiros, qualquer profissional de qualquer área que não tenha passado pelas mãos carinhosas e por vezes exigentes (como deve ser) deles, nossos professores. Que sejam, pois, reconhecimentos efetivos e não apenas encenações lisonjeiras, interesseiras. Eles merecem por mérito e por abnegados que são!
O estanho e insensato é que dentre todas as profissões, o magistério é tido como uma atividade de segunda classe não lhe dando a importância cabida. Uma inconsequência! Esquecem que a absoluta maioria dos mestres cursou faculdade (sem entrar no mérito da reconhecida precariedade das nossas faculdades) e, de igual modo a outras carreiras, submetendo-se a vestibulares. O tempo que os demais profissionais dedicaram em seus cursos também são similares. Por que então só eles, os mestres, não são reconhecidos na  sua trajetória universitária e exercício da sua bendita missão (formar cidadãos)?
Muitas vezes são alvo de manobras de pior nível quando são perseguidos atendendo a critérios politiqueiros ou quando não se lhes asseguram justa remuneração. Remuneração que comparável a de outros profissionais é aviltante e identifica o descuro para com a classe. Os professores na maioria das vezes substituem até os pais biológicos quando se tornam a extensão do lar e criam e educam até em detrimento das suas funções específicas, primordiais.
As manifestações as quais assistimos nas TVs, em busca dos justos direitos da classe  são apenas sinais,  alertas, e que externam a situação problemática da nossa Educação. Não são eles, os mestres, os responsáveis exclusivos por essa caótica situação. Sua parcela é mínima. Nossa Educação tem o seu nó Górdio na estrutura administrativa governamental, no seu currículo abarrotado de inutilidades e não na suposta ineficiência dos mestres como alguns, os inconsequentes, querem atribuir. Parabéns professores!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Russas (CE)

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

POLÍTICA E POLÍTICOS



Nem na época oportuna nos convém quanto mais se antecipadamente. Eu, e muitos, já não aguentamos mais ouvir dos mesmos as mesmas promessas, mentiras, leviandades; saber da troca de partidos por pura conveniência própria e politiqueira; o mesmo renovar de acusações mútuas, proferidas pelos mesmos caras de pau carentes de óleo de peroba para lustrá-las já que tão calejadas e necessitadas de renovação e porque afadigamos de vê-las repetidamente, a cada eleição. Os mesmos políticos e os mesmos cansativos temas – saúde (um caos!), educação (um caos!), segurança (um caos!), melhorias para aposentados (eternas vítimas da desumanidade governamental!) etc. lançados como “projetos importantes para a sociedade”, mas nunca enfrentados realmente; não saem do papel, do palanque, das gavetas empoeiradas do nosso já combalido Congresso. Vejam que os mesmos projetos, nunca concretizados, vão de eleição a eleição e o povo esquece e acredita que agora serão efetivados.
E como se desta vez as soluções para todos esses males que acometem a nossa sociedade, justamente por conta da incompetência e inabilidades dos que fazem a nossa política, sejam efetivadas. Os mesmos engodos e as mesmas baboseiras ditas e repetidas exaustivamente e, pior, em horários inconvenientes já que nas salas temos crianças, jovens imaturos em formação que são iludidos com tantas inverdades proferidas pelos mesmos ilusionistas de sempre, muitos dos quais respondendo processos nos tribunais e que ainda persistem nos seus cargos percebendo vultosos salários à custa do povo incauto e sacrificado. Pior é que a mídia se deleita e nos satura de tantas intriguinhas particulares, meros jogos cênicos e de interesses somente dos envolvidos. Notícias que até comentadas por “experts” midiáticos de todas as tendências, de todas as competências e de todos os recantos enquanto não se dão conta, ou escondem, por exemplo, a dicotomia entre PSDB e PT que precisa ser eliminada porquanto nociva à democracia do País.
Será que merecemos esse castigo? Será que merecemos o Brasil que temos hoje e que muitos ainda não se dão conta do que realmente e grave que padecemos? Atentemos mais que continuam os mesmos políticos a tentar nos convencer de que são os melhores e a pleitear o seu voto (alguns, muitos, até compram), mas que passada a eleição sequer sabemos de algum projeto, pronunciamento ou votação em benefício do eleitorado. Eles olham exclusivamente para eles. Eles mudam apenas de cargo e vão de vereador a presidente, voltam para senadores, governadores, deputados, novamente vereadores, mas não “largam o osso” e a cada nova eleição estão lá maquiados e posando de impolutos e abnegados. Temos duas saídas: eliminá-los não votando nos mesmos ou que se extingam (duvido!) reeleições de qualquer ocupante de cargo político, o que traria renovação em todos os escalões. Caso contrário..., não teremos alternativas e aí de continuaremos castigados tendo que aturar tantas irreflexões praticadas pelos mesmos de sempre.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Russas (CE)

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