Há ocasiões em que de tão
alienados ou omissos que nos tornaram que fatos graves, reais, incontestes,
passam despercebidos ou simplesmente fingimos ou preferimos não tomar
conhecimento por ser mais cômodo assim se portar. Descaminhos, mesmo os mais
evidentes, que tememos ou nos negamos argumentos para contestá-los. Preterimos
assim a nossa cidadania. E por decorrência dessa negligência vergonhosamente
assumida padecemos das suas consequências nefastas que atinge a todos, sem
distinção. Será que aceitamos como normal um gerente de empresa, um
administrador da coisa pública, aqueles a quem compete gerir, e bem, aquilo de
que está incumbido não saber do que se passa dentro da empresa ou do órgão
público que administra? E a negativa dos que responsáveis direto é imperdoável,
como também um atestado de incompetência para o exercício das funções
elementares que o cargo exige ou então demonstram ser coniventes com os
desmandos, em especial quando envolve privilégios e favorecimentos a terceiros,
sempre culminando em prejuízos ao Erário. Não há outra dedução plausível.
Na área governamental, em
especial na federal, assistimos a escândalos sucessivos, comprovados, constados
em recintos os mais próximos física e hierarquicamente dos gabinetes daqueles
que tinham como pressuposto governar e ainda tentam nos convencer de que não
tinham conhecimento ou que foram “traídos” por elementos que por eles
indicados, supostamente de níveis mínimos de competência técnico-funcional e
integridade para assunção dos cargos de relevância para os quais foram designados.
É de estranhar e não nos convencem!
Até que ponto esses gestores são
verdadeiramente inocentes? Até quando toleraremos e aceitamos como normal? É
uma situação insustentável com a qual não cabem mais condescendências.
Extrapolaram todos os limites e ainda tentam imputar culpa aos que investigam e
evidenciam os fatos tornando-os públicos, contestam por ofício e também não se
conformam com tantos abusos. Uma dessas tentativas inibidoras e mais recente é
cogitada quando da tentativa de aprovação da inconsequente PEC-37 em tramitação
no Congresso e que objetiva a retirada da prerrogativa da função fiscalizadora
exercida por promotores quando a todos nós é assegurado, constitucionalmente,
esse direito e por ela devemos pugnar. O que é público é público!
Restam-nos grandes
questionamentos: que regime político é praticado no Brasil? Para aonde estão
nos conduzindo? É temeroso!
“Um Excelente Natal e um 2013
repleno de ótimas concretizações a todos os leitores e familiares.”
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no
jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)
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