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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

“CIÚME”




Como não tê-lo?
Por que negá-lo?
Não tem porque escondê-lo, não me faz vergonha senti-lo.
Dividir jamais, nunca, em hipótese alguma...
Não me faz, não te faz, não nos faz bem!
Corroí-me, dilacera-me por dentro, aperta-me o peito só de pensar.
Aceitar seria descuido, desamor, desafeto...
Consentir seria negar-te!
Perderia o encanto de te ter só minha.
Um pensamento absurdo, um pesadelo que sequer lembrar convém.
Vivenciar não resistiria!
É de mim, é do meu eu, não o inventei, senti apenas, aflorou-me.
Uma força defensiva, natural, indomável, própria dos amantes... Dimensioná-lo, qualificá-lo, impossível...
É mais forte e profundo que minha vontade.
É amor de uma forma diferente, algo de possessivo, possam até assim julgar.
Se certo, se doentio, se inconveniente, prefiro-o assim mesmo.
Partilhar-te é que seria demais, o fim, o pior para mim...!!!

J. Hildeberto J. de AQUINO

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