Eis
que de repente assistimos alguém puxando o cabelo e com lágrimas nos olhos a
lamentar, cenicamente, a “grande perda” que foi a queima (proposital, creio eu!)
do histórico museu do Rio de Janeiro (e não foi o primeiro no Brasil, já se
foram oito). Aparecem presumidos “intelectuais” e “historiadores” de todos os
cantos do País, e até do exterior, para externar os mesmos lamentos. Eis que
nenhum deles se dignou cobrar cuidados antes do ocorrido. Usufruíam apenas...
Quem dentre esses que lastimam comovidamente lembrou-se da PRESERVAÇÃO das estruturas
antes mesmo das tais relíquias históricas e, como ato remediador se cogitou de
instituição de um seguro que seria imprescindível no zelo de restauração (pelo
menos) da obra, ou outra medida preventiva que ao museu garantisse segurança – vigilância,
por exemplo? Nenhum! Depois do incêndio então surgem por todos os cantos do
País, mesmo onde há outros museus simplesmente fragilizados, descurados pelas
asquerosas autoridades públicas e ninguém alerta, fala, cobra. Por quê?
Junta-se
de tudo o que é velharia, mesmo que não parte comprovada cientificamente da concreta
história do País, sem mais qualquer utilidade efetiva e estoca-se para que os
outros apreciem e saiam “revitalizados” e “aprimorados” nas suas precárias
culturas. Alguns dizem que fazem seus estudos e suas pesquisas científicas
utilizando-se desses objetos que recolhidos em lugares ermos, incertos, quando
não comprados a alto preço com o dinheiro público.
De outra
visão, mais humanitária e pessoal, e sempre lembrada nesses tempos
politiqueiros de que se deve definir PRIORIDADES em especial as que assistem os
desvalidos que sequer casinhas humildes têm para abrigar suas famílias, testemunha-se
a brutal hipocrisia do direcionamento de recursos (milhões) em construções
desses edifícios (museus) que atendem apenas o mínimo de pessoas ditas “especiais”
enquanto o abandono persiste nas favelas e cidades de todo o País. Faltam escolas,
hospitais, água, energia, rede de esgotos, etc., mas temos museus históricos
que “engrandecem” a nossa cultura, a nossa história...
Eu,
na minha incipiente visão de mundo devo estar louco ou involuindo, só pode...,
ao discordar dessa brutal inversão de valores!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Leiam
também nos endereços:
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TV Jaguar (Limoeiro do Norte-CE) e Jornal Gazeta de Notícias (Crato-CE) e
Jornal do Cariri (Crato CE).
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