Quando ouvimos falar sobre crise
logo olhamos, prioritariamente e por óbvio, para nossos bolsos que cada vez
mais esvaziados a cada dia. Onde está pesando mais, onde devemos reduzir o
consumo, do que devemos nos privar definitivamente. Perspectivas positivas cada
vez mais distantes enquanto cresce o negativismo. Os tão propalados “aumentos”
que o governo alardeia na sua peculiar fanfarrice, mas que não passam apenas de
reposições das perdas já decorridas e, em muitos casos, reposições menores do
que a inflação do período anterior, constituem-se em mais um engodo para o
trabalhador. E se esse for aposentado é que o baque é mais incisivo. Padecemos
de uma carga de impostos elevadíssima - uma das maiores do mundo. Até que seria
justificável se obtivéssemos retorno compatível desses impostos nas áreas de
Saúde, Segurança, Educação, Infraestrutura etc. Mas não temos, e o caos nesses campos
é generalizado quanto ultrajante e desumano.
Enquanto isso os “Excelentíssimos“
congressistas, que nutridos de privilégios exacerbados quanto imerecidos,
debatem troca de partido (um acinte, já que não há uma ideologia partidária, há
apenas interesses particulares que se sobrepõem aos do País e assim nossos
votos e pretensões são anulados); discutem qual a montagem do Congresso em função
de apoios para que haja “governabilidade” resultante dessa comprada adesão ao
Executivo, isto tudo em troca de cargos e outras moedas, e assim persiste o
descuro perverso em todos os campos relevando os interesses da sociedade que
sempre relegada a segundo plano. Parece não haver seres racionais integrando os
poderes Executivo e Legislativo. Além da corrupção que grassa nessas áreas,
percebemos que, cumulativamente, há também a crise da incompetência
administrativa. Qualquer um com isenção ideológica e partidária e que tenha o
mínimo de noção sobre economia, haverá de perceber a precariedade desses
poderes em termos estratégicos e administrativos. Mesmo de leigos absolutos na
área econômica que se constitui a grande maioria da nossa população, são os que
sentem o peso maior, o que se conclui que a nossa política econômica está
absolutamente equivocada em termos sócio-humanitários! Enquanto isso os juros
são mantidos pelo COPOM/BACEN em patamares estratosféricos e que redundam
apenas em benefícios dos bancos (atentem para os crescentes lucros dos bancos,
inclusive os oficiais). Reduz-se assim, forçosamente, a circulação de dinheiro no
bolso popular, no pressuposto de que dessa forma é que se combate a inflação, e
ai decorre uma contração cada vez mais agravada nas compras, em prejuízo do
comércio que não vende e fecha as portas e, por consequência, também das
indústrias que não comercializam seus produtos, contraem a produção e falem. Dai
resulta uma queda de 3,8% no PIB e o atual e alarmante nível de desemprego. A
saída existe sim! Que reduzam os juros em cerca de 80% ou mais. Com isso bancos
emprestariam mais e haveria aumento de dinheiro circulando na praça; comércio e
indústria restabeleceriam suas vendas e se alavancaria a economia do País. Não
há alternativa, mas os cegos propositais insistem em não enxergar, por quê?
Sejam pelo menos racionais já que política e administrativamente incompetentes
se demonstram!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Leiam também nos endereços:
www.tvrussas.com.br, no Jornal Folha
do Vale (Limoeiro do Norte-CE) e
Jornal Gazeta de Notícias (Crato-CE).
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