O que mais se observa neste País já
tão explorado e afadigado pelo negligencio governamental e de outras áreas
sócio trabalhista é o excesso de hipocrisia e escrúpulos, os mais variados
(religiosos, dos tais “Direitos Humanos”, politiqueiros e outros similares). A
inércia e incúria crônicas dos políticos que se bem observada tão somente
contribui para o agravamento da situação, daquilo que se finge “combater”.
O TRABALHO ESCRAVO existe nas mais
variadas formas, e não tão somente nas áreas de exploração rural e em
interiores brasileiros como se destaca. É observado, e em escala aviltante,
também no comércio, nas pequenas e grandes fábricas e em outras atividades.
Basta maior acinte do que a miséria que constitui o nosso Salário Mínimo que,
segundo o DIESE (órgão governamental), deveria ser R$. 3.399,22 - o que
equivaleria a 4,31 da miséria de salário que se paga hoje (R$. 788,00) e ainda,
levianamente, afirmam ter “aumentado” de uns tempos para cá... Poderá ficar em
torno de R$. 865,50 em 2016, o que ainda seria 3,92 menor que o ideal. O não respeitado Salário
Mínimo deveria atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família,
como estabelecido na Constituição: alimentação, vestuário, higiene, educação,
moradia, transporte, saúde, previdência social e lazer. Atende?
Para onde nos viramos somos ludibriados
desavergonhadamente e não esboçamos quaisquer reação, pelo contrário,
silenciamos e assentimos servilmente. Por quê?
O governo e organismos afirmam o “empenho” no
combate a essa prática criminosa, mas até então com resultados pífios, muito
aquém do esperado como se demonstra. Além das pesadas multas e até
desapropriação de imóveis (destinando-os à preterida Reforma Agrária), onde se
verifica a prática dessa exploração e, simultaneamente, o endurecimento de
penas, sem qualquer condescendência, e desde que cumpridas integralmente (fim
da ojerizada progressão penal), seria o caminho mais próximo do ideal para se
corrigir o problema. Sem essas providências é ser conivente com esse crime e
não mudará a exploração do trabalhador. Não nos iludamos!
Está nas mãos das relapsas autoridades sim!, como
também e, principalmente, da Sociedade a quem compete se mobilizar,
civilizadamente, no sentido de coibir essa prática abominável e desumana.
Acompanhemos de perto, não silenciemos a cada abuso, cobremos ações e mudemos
essa situação. Sem isso continuaremos um país escravista e escravizado, isto
desde 21 de abril de 1.500..., um longo período. Basta!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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