Final de ano, repetidas festas e que, para os que creem um novo nascer de seus deuses; já para alguns apenas uma excelente oportunidade de tentar esquecer os traumas do ano que finda e nada mais oportuno de que uma confraternização familiar. Para todos, indistintamente, novas perspectivas, mesmo que tenhamos atravessado mais um ano de conturbações que na maioria não provocadas por nós próprios, mas que pelos inconsequentes que têm o poder e dever de minorar tais eventos nos proporcionaram.
Em
21 de dezembro, às 7:44h, chegaremos ao Verão que para muitos de nós (nordestinos)
é o “Inverno” por causa das benditas chuvas que nos encherão de esperanças e
que sejam bem-vindas! Com elas, mais e boas perspectivas, em especial para os
que padecem diretamente, há mais de cinco anos, com perdas de suas lavouras,
dizimação de seus já escassos rebanhos que conseguido a muito custo e até mesmo
pela dificuldade de água para sua própria subsistência (só quem vive esses dramas
é que tem essa consciência e sabe o quanto é traumatizante). Mas que não
esqueçamos que bem ao lado, nas nossas ruas, nos nossos bairros e cidades há
milhões de pessoas que atravessam situações por demais difíceis, mais graves do
que concebemos. No mundo já são mais de 350 MILHÕES de crianças em estado de
miséria absoluta. Como agenciar objetivando o fim da desumana situação de
milhões de refugiados que restam dos conflitos absurdos no Oriente Médio, na
África e em outras regiões do mundo; guerras injustificadas sob qualquer
aspecto, onde crianças e mulheres são estupradas (casos até em que os pais das
jovens preferem-nas mortas a serem abusadas e humilhadas) e que o mundo apenas
assiste passivamente, não reage como desejável a fim de minimizar o sofrimento
que perdura há anos? Muitos poucos se apiedam e raros os que ainda têm essa
consciência humanitária de uma calamidade bestial que parece não ter fim.
Enquanto esbanjam bilhões de dólares com projetos mirabolantes (viagens
espaciais, construções nababescas etc.), absoluta maioria dos quais sem
resultados diretos e efetivos para a Humanidade, outros passam frio, sede, fome
e torturas, sem sequer ter a liberdade de ir e vir tranquilamente posto que
ameaçados pela insegurança que grassa em função da impunidade, em todos os
recantos. Já não somos mais livres! Tornaram-nos réus do ódio consequente da tolerância
ao crime que consentida pelas autoridades!
E
dai cabem perguntas: a humanidade tem de fato o que comemorar? Ou nós não temos
nada a ver com o que se passa por lá, bem distante de nós ou mesmo nas nossas imediações?
Então as barbáries das guerras (algumas ditas “santas”) e violências se
justificam? E a solidariedade humana também não se justificaria? O que está
realmente ao alcance de cada um para que possamos minimizar o sofrimento,
verdadeiro, incontestável e insustentável de milhões de outros seres que
inapropriadamente denominamos de “irmãos”? Como
irmãos se lhes viramos as costas?
Felizes
e tranquilas Festas e mais um Ano Novo de mais conscientização do nosso papel humanitário
é o que desejamos a todos! Presentes, champanhes..., só depois de acordarmos!!!
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