As crises são comuns mesmo
nas economias ditas mais sólidas, mas são anormalidades ocasionais decorrentes
de fatores adversos, maioria das vezes não de origem interna por má gestão e
sim de fatores externos. A grande diferença é que em outros países elas são
tratadas com a oportuna seriedade e coerência devidas e com medidas coerentes e
efetivas. Aqui um ex-presidente a tratou inconsequentemente como uma “marolinha”.
Ele passou, deixou sua herdeira com o pesado encargo e em cujo colo a bomba
estourou já que administrativamente é um fracasso. É, assim foi que a tal “marolinha”
se converteu em um tsunami quase incontrolável e com sérias consequências para o
Brasil.
É lamentável saber que
jornais estrangeiros - “Financial Times”, britânico, por exemplo, chega a afirmar
no seu edital que “O Brasil parece filme de terror” e ali retrata “a podridão
inerente à corrupção/política e a crise econômica que grassa país afora e que
abala consideravelmente nossa credibilidade”. E ainda deixa claro que “Incompetência, arrogância e corrupção quebraram a magia”
do país, que poderá enfrentar “tempos mais difíceis...”. O jornal faltou
acrescentar a estupidez gerencial da área econômica. Parecem esquecer o
fundamental: “Se há restrição crédito não há dinheiro, não há compra, o
comércio as indústrias não vendem, não se sustentam, fecham as portas e falem.”
Daí o afundamento da economia enquanto o índice de desemprego torna-se crescente
e a situação se agrava, pior que sem perspectivas de melhorias a curto e até médio
prazos. E os bancos, maiores e talvez únicos beneficiários, inclusive os ditos “oficiais”,
exorbitam na restrição dos créditos e quando operam o fazem a juros
escorchantes gerando lucros nunca antes imaginados. E ninguém vê? Enquanto isso
México, Chile, Colômbia, Peru e outros países procuram reduzir taxas de
juros e como isso lançar mais dinheiro no mercado e incrementar o crescimento.
Por aqui em uma visão econômica turva fazem justamente o contrário e assim
agravam mais a recessão.
E a nossa crise é também política
e de corrupção. Ficam a se digladiar ao invés de unir forças e primeiro salvar
o País das sérias crises que atravessamos em todas as áreas (Economia, Saúde,
Educação, Infraestrutura etc.) para depois pensar em cargos e outros interesses
politiqueiros próprios.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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