Um a um, precocemente, como que combinado ou por já não mais
suportar os desmandos e agruras desta vida moderna, estressante, insegura ou em
especial por seus ouvidos não suportarem o que fizeram da nossa música,
talentos memoráveis vão partindo, mudando de palco. Emílio Santiago, Wando, Reginaldo
Rossi, Dominguinhos e agora o Jair Rodrigues, excelentes interpretes que hoje fazem
coro de onde estiverem e que nos deixaram um vazio difícil, quase impossível de
ser reparado. Nós diríamos até, sem exageros, que insubstituíveis, mesmo com a
diversidade de gêneros musicais e gosto existente no Brasil. Não citaremos
outros nomes, não menos talentosos talvez, mas esses aos quais nos reportamos é
porque mereciam destaque, nossa deferência, dentre todos e quanto mais diante
da avalanche de aventureiros que ocupam espaços na mídia e em detrimento de reais
talentos que preteridos pela ganância das gravadoras, enquanto agridem nossos
ouvidos!
Quem não se embalou nos seus encontros amorosos, nos bailes
e mesas de bares da vida, em programas televisivos com essa turma boa que nos
deixou, todos que mantinham sua irreverência e estilo próprios e que encantaram
multidões por anos seguidos? A ironia cômica de um Reginaldo Rossi pelos bares
de cada esquina a compartilhar com os garçons seus casos amorosos. O romantismo
de um Wando que a colecionar “calcinhas” das fãs, criou um estilo que encantava
e aproximava todos os apaixonados. O molejo, a picardia, o alcance melodioso e rítmico
da voz de um Emílio Santiago, eram inimitáveis e agradavam a todos os que tiveram o
privilégio de ouvi-lo. Já Dominguinhos a externar e encantar com o seu regionalismo
aconchegante levando às cidades de outras regiões do Brasil alegrias e
padecimento do homem nordestino era como um registro histórico. O gingado e
alegria transparente e irradiante de um Jair Rodrigues de todos os ritmos eram incomparáveis.
Com essas prematuras ausências nossa Música Popular
Brasileira – MPB se esvai, abre uma grande lacuna já que talentos do mesmo naipe
hoje em dia são raros, raríssimos.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
Vejam
também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal a Folha do Vale.
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