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quinta-feira, 8 de maio de 2014

TALENTOS QUE SE FORAM



Um a um, precocemente, como que combinado ou por já não mais suportar os desmandos e agruras desta vida moderna, estressante, insegura ou em especial por seus ouvidos não suportarem o que fizeram da nossa música, talentos memoráveis vão partindo, mudando de palco. Emílio Santiago, Wando, Reginaldo Rossi, Dominguinhos e agora o Jair Rodrigues, excelentes interpretes que hoje fazem coro de onde estiverem e que nos deixaram um vazio difícil, quase impossível de ser reparado. Nós diríamos até, sem exageros, que insubstituíveis, mesmo com a diversidade de gêneros musicais e gosto existente no Brasil. Não citaremos outros nomes, não menos talentosos talvez, mas esses aos quais nos reportamos é porque mereciam destaque, nossa deferência, dentre todos e quanto mais diante da avalanche de aventureiros que ocupam espaços na mídia e em detrimento de reais talentos que preteridos pela ganância das gravadoras, enquanto agridem nossos ouvidos!
Quem não se embalou nos seus encontros amorosos, nos bailes e mesas de bares da vida, em programas televisivos com essa turma boa que nos deixou, todos que mantinham sua irreverência e estilo próprios e que encantaram multidões por anos seguidos? A ironia cômica de um Reginaldo Rossi pelos bares de cada esquina a compartilhar com os garçons seus casos amorosos. O romantismo de um Wando que a colecionar “calcinhas” das fãs, criou um estilo que encantava e aproximava todos os apaixonados. O molejo, a picardia, o alcance melodioso e rítmico da voz de um Emílio Santiago, eram inimitáveis e agradavam a todos os que tiveram o privilégio de ouvi-lo. Já Dominguinhos a externar e encantar com o seu regionalismo aconchegante levando às cidades de outras regiões do Brasil alegrias e padecimento do homem nordestino era como um registro histórico. O gingado e alegria transparente e irradiante de um Jair Rodrigues de todos os ritmos eram incomparáveis.
Com essas prematuras ausências nossa Música Popular Brasileira – MPB se esvai, abre uma grande lacuna já que talentos do mesmo naipe hoje em dia são raros, raríssimos.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal a Folha do Vale.

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