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terça-feira, 20 de maio de 2014

ESTRUTURA DA NOSSA FRÁGIL ECONOMIA


       Se mais atentos nos dispuséssemos ficar perplexos estaríamos. A situação problemática e injustificada da Economia Brasileira comparativamente a alguns dos nossos países vizinhos e da América Latina (Chile, Colômbia, Peru, Argentina, México, os que não em crise declarada como a Venezuela que já tem uma inflação de mais de 60% ao ano), nos deixa surpresos e preocupados com o que pode resultar desse mau gerenciamento econômico brasileiro. Resumidamente: JUROS: Enquanto varia de 3,5 a 4% (Peru), aqui no Brasil somos tungados em 11,25%; CRESCIMENTO – PIB: Variando entre 3 a 5,5% (Peru), a nossa projeção é de apenas 1,64%; INFLAÇÃO: de 2,8% no Chile e a nossa já alcança 6,51%. Na marcha em que se encontra chegaremos aos 8% contrariando a previsão inconsequente e exageradamente otimista do Ministro da Fazenda do governo Dilma, Guido Mantega. O rombo das contas externas é o maior desde 1970. Segundo o Banco Central, déficit no primeiro trimestre soma US$ 25,2 bilhões. 
       Paradoxalmente, a arrecadação de tributos no Brasil cresce “como nunca na história deste país...”. Já estamos, segundo o “Impostômetro”, e até maio de 2014, na casa de R$. 665 bilhões que seriam suficientes para construir sete mil km de redes de esgotos objetivando a melhoria da saúde da população, ou 10 mil de casas populares para abrigar milhões de brasileiros que ainda sem teto e vivendo de promessas que nunca ou minimamente concretizadas. Não deixemos de registrar aqui o estado caótico da nossa Saúde em vista do levantamento do “Bloomberg” (portal americano especializado em economia) que mediu a eficiência dos serviços de saúde de 48 países, quando o Brasil ficou em último lugar. Os critérios considerados foram: “expectativa de vida em relação ao custo médio dos serviços e quanto esse custo representa comparado ao PIB per capita dos países avaliados.” Acrescente-se a tudo isso os sistemáticos escândalos envolvendo os nossos maiores ícones econômicos, entre eles a Petrobras, já alvo de uma CPI para expor mais claramente os desmandos administrativos e prejuízos que decorrem de sua péssima gestão.
       Acordemos, estamos em época de eleição e as promessas mal analisadas dos candidatos nos induzem a erros graves e com seríssimas consequências para todos nós, sem exceções. É nessa hora e com mais apurada REFLEXÃO CIDADÃ que você que diz e canta “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...” realmente pode ajudar o Brasil. Escolha bem e não se iluda com os que só prometem e não cumprem.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
www.tvrussas.com.br e no Jornal folha do Vale



quinta-feira, 8 de maio de 2014

TALENTOS QUE SE FORAM



Um a um, precocemente, como que combinado ou por já não mais suportar os desmandos e agruras desta vida moderna, estressante, insegura ou em especial por seus ouvidos não suportarem o que fizeram da nossa música, talentos memoráveis vão partindo, mudando de palco. Emílio Santiago, Wando, Reginaldo Rossi, Dominguinhos e agora o Jair Rodrigues, excelentes interpretes que hoje fazem coro de onde estiverem e que nos deixaram um vazio difícil, quase impossível de ser reparado. Nós diríamos até, sem exageros, que insubstituíveis, mesmo com a diversidade de gêneros musicais e gosto existente no Brasil. Não citaremos outros nomes, não menos talentosos talvez, mas esses aos quais nos reportamos é porque mereciam destaque, nossa deferência, dentre todos e quanto mais diante da avalanche de aventureiros que ocupam espaços na mídia e em detrimento de reais talentos que preteridos pela ganância das gravadoras, enquanto agridem nossos ouvidos!
Quem não se embalou nos seus encontros amorosos, nos bailes e mesas de bares da vida, em programas televisivos com essa turma boa que nos deixou, todos que mantinham sua irreverência e estilo próprios e que encantaram multidões por anos seguidos? A ironia cômica de um Reginaldo Rossi pelos bares de cada esquina a compartilhar com os garçons seus casos amorosos. O romantismo de um Wando que a colecionar “calcinhas” das fãs, criou um estilo que encantava e aproximava todos os apaixonados. O molejo, a picardia, o alcance melodioso e rítmico da voz de um Emílio Santiago, eram inimitáveis e agradavam a todos os que tiveram o privilégio de ouvi-lo. Já Dominguinhos a externar e encantar com o seu regionalismo aconchegante levando às cidades de outras regiões do Brasil alegrias e padecimento do homem nordestino era como um registro histórico. O gingado e alegria transparente e irradiante de um Jair Rodrigues de todos os ritmos eram incomparáveis.
Com essas prematuras ausências nossa Música Popular Brasileira – MPB se esvai, abre uma grande lacuna já que talentos do mesmo naipe hoje em dia são raros, raríssimos.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal a Folha do Vale.